hoje eu tive um sonho. encontrava vários amigos; nos abraçamos, felizes pelo reencontro. E mais do que rápido veio o recuo, no meio de um riso torto, sem jeito, cozido e cosido nos remendos do caldo de sensações e emoções despertadas por uma realidade distópica-real, embalado na pecepção de que “opa, a gente não podia ter feito isso…”. O chão engolido por um buraco que não para de se alargar.
que horrível esse sonho, e o gosto da garganta apertada; tão apertada que dói. incredulidade nos olhares opacos, em seus brilhos lacrimejantes, desesperançados por um centésimo de segundo…a vontade de abraçar perdida no meio do movimento de recuo, que volta horas depois, bem acordada, uma música após outra; uma página do fim do livro após outra; cena após outra da sessão escapista do cinema #emcasa, numa tarde de domingo de céu azul e sol frio, depois de dias cinzentos com chuva fina que molhou a terra.
ele também sonhou com amigos queridos no meio do mesmo abraço proibido. e ele também. felizes em um; assustados em outro. todos com aquela sensação de perder o chão… vontade de abraçar.