De Inverno Comunicação

Bem Paraná/Jornal do Estado

Coluna Piracema

Adriane Perin

Como vocês já sabem estive em Maringá conferindo a quantas anda a cena de lá, com a volta do agitador Andye Iore às produções. Ele fez o Rockingá, dias 13 e 14 último, e me convidou. Eu e o simpático e tão tagarela quanto eu, “Pardal”, da Dynamite fomos hospedados na casa do Gótico – ou melhor na casa da avó dele -, um figura da banda Professor Astromar & Os Criadores de Lobisomen (que, alías, tem uma personalidade bem própria). Me senti a vontade, pois alguns amigos já passaram por ali e foi legal ser recebida por pessoas que conheciam até Hotel Avenida – e tinham OAEOZ no computador. Obra do seu Rubens K, que passou a nossa ficha, pelo jeito.

Fui sem esperar muito e preparada para encontrar bandas cruas e problemas típicos das cenas que estão se firmando. Encontrei os tais problemas nas conversas, mas principalmente me surpreendi com o que me pareceu maturidade das bandas. Fazia tempo que não encarava um show num lugar “não preparado” para tal. E, bem por isso, foi bacana ver os músicos sem frescuras e vaidades inflando seus egos, pacientes e parceiros, mandando ver, apertados num cantinho do simpático Fernandes Bar – com garçons disputando espaço até com os microfones.
Sou bem chata com essa coisa de cantar em inglês e, vou dizer, até das bandas com esta opção curti muito. De Betty By Alone (bettybyalone.blogspot.com) e Hospital Doors (www.hospitaldoors.blogspot.com), em especial. Não sei dizer de qual formação gostei mais – curti muito o show da mais conhecida, A Inimitável Fábrica de Jipes. A NOVA (myspace.com/bandnova) sem duvida é a sonoridade que mais faz parte das minhas listas e foi a mais diferente do conjunto do Festival. E tem que prestar atenção na Nina Nóbrega
( myspace.com/ninanobrega), menina que já sabe o que quer ser quando crescer. Mas, talvez quem tenha me chamado mais a atenção tenha sido mesmo o figura à frente do José Ferreira & Seus Amigos (www.seusamigos.blogspot.com). Também (bom e bem humorado) compositor, o provocativo Gabriel é um daqueles tipos que não se esquece. Sarrista, não perde a chance de marcar presença. E teve a cara de pau de “testar” o batera no show. Na verdade, foi jogo de cena, porque ele já tocava com o rapaz antes. Legal foi que ele subiu no palco e o Thiago Soares, um estudante de jornalismo que entende do assunto, também metido a produtor tipo eu, que faz só os shows de bandas que curte, veio me passar a ficha do rapaz e contar de suas estrepolias no palco.

Uma coisa que chama a atenção é que muitas bandas por lá não têm myspace – têm blogs. E também a maioria, pelo que entendi, não toca fora da cidade, ainda. Isso tem que ser resolvido. O pessoal que eu vi lá tem que circular para que as pessoas saibam que eles existem.

Johnz
Quem é vivo uma hora aparece. Inclusive na “grande mídia” e não só nos blogs dos amigos. Pois é, lembra do Tulio Bragança, o rapaz que fez belas canções sob o nome de Johnz? Então, ele tá morando na linda Buenos Aires e apronta das suas. Agora caiu na rede – via UOL – a notícia de que catou seu violão e foi fazer versões de pagode. Em um inglês literal. E com direito a vídeos caseiros de suas “performances” com os hits do gênero. “Caçamba”, do Molejo, agora é “Bring The Caçamba”; “Eu Me Apaixonei Pela Pessoa Errada”, do Exaltasamba, é “I’ve Fallen In Love With The Wrong Person”; e “Que Se Chama Amor”, do Só Pra Contrariar, ficou “That’s Called Love”. O blog dele é http://aires-buenos.blogspot.com/.

Procure
Dois belos discos que ainda não chegaram aqui já estão circulando nos fones de uma moçada aí. O novo do Soulsavers, um dos projetos com Mark Lanegan um pouco menos “soturno” me pareceu, mas interessante como sempre. E o Grant Lee Phillips, que já ficou a manhã inteira rodando na minha cabeça. A mesma pegada. “Good Morning Happiness”. Procure na rede que você acha.

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