De Inverno Comunicação

Jornal do Estado/ Bem Paraná

Copacabana Club: novidade feita por gente das antigas do circuito musical curitibano

Bar reabre hoje com show de Mordida, autora de um dos melhores discos de 2008, e Copacabana Club, uma promessa para 2009

Adriane Perin

O James nasceu com capacidade para 80 pessoas e reabre hoje, equipado para receber 300 – e no ponto em que seu dono, o também músico Luciano Frank , quis desde o começo, na década passada: com estrutura para shows. A programação musical, portanto, vem com força total e não poderia começar melhor, colocando no palco os autores de um dos melhores discos brasileiros de 2008, a curitibana Mordida, que toca junto com a mais recente “descoberta” curitibana da mídia nacional, a Copacabana Club, mais uma formação a ter Luciano em seu front.

Se a Mordida vive um momento de firmação com o delicioso EP Eu Amo Vc, a Copacabana, com um ano, colhe, também, os frutos plantados pelos músicos experientes que tem em sua formação – além de Luciano, o multiinstrumentista Alec Ventura, o guitarrista Tille Douglas e a baterista Claudinha Bukowski, conhecida principalmente como Dj, mas que já teve bandas antes. Aos veteranos se juntou a jovem Camila Cornelsen, que “surgiu do nada” querendo ter uma banda no momento em que os amigos preparavam a nova investida. Ela e Claudinha, conta Luciano, são as que se empenham de verdade, na divulgação da banda, que foi destaque da Folha de Sâo Paulo na Revista Bravo que está nas bancas. “Os rapazes só querem tocar, se a gente está aparecendo é resultado do trabalho delas”. E do caminho já feito pelos músicos, que conquistaram prestígio, por exemplo, com a ESS, banda bem conceituada Brasil afora, da qual fizeram parte Tille, Luciano e Alec. “O Copacabana foi uma surpresa até pra mim, porque fizemos a banda naquela de reunir os amigos e teve toda essa repercussão. Tem qualidade, é gente que toca a muito tempo, mas tivemos sorte de um jornalista da Folha ir ao nosso show ”, avalia.

“A Camila foi impressionante, ela já nos deixou boquiabertos desde o primeiro ensaio. Tem uma presença incrível, não tem vergonha, é o jeito dela mesmo”, assegura Luciano, aproveitando para comentar a produção local. “Curitiba tem muita banda boa. Recentemente, tocamos no Rio Grande do Sul com grupos muito bons, mas as curitibanas…são f…”., diz ele que já passou por várias e atualmente também atua na Plêiade (que fez outros dois discos que se destacam entre os melhores, FF e Domingo). “E vi algo que não tinha visto, as pessoas vão aos shows cantando as músicas, pegam o set list da gente; engraçado e legal”, completa.

Luciano não gosta de rótulos, mas comenta a diferença entre a ESS, a que teve3 maior repercussão, entre as que integrou. “O ESS é mais psicodélico; o Copacabana tá ficando mais indie carnaval, alegre”. Agora, eles quererem burilar as músicas do EP King of the Night, lançar um disco e gravar o clipe com o patrocínio da Levis. No próximo final de semana, a banda volta a São Paulo para o Curitiba vai Pro Inferno, com Ruído, Sabonetes e Heitor e Banda Gentileza, todos nomes fortes da nova cena curitibana. “Queremos que nosso público cresça e se conseguirmos gravar caprichando mais, será legal”, diz ele, cuja banda não recebeu proposta concreta para o disco e vai trabalhar com lei de Incentivos.

O bar — Luciano conta que aproveitou a liberação do bar que existia grudado no James, para incrementar o simpático James, que desde seu surgimento – da vontade “de montar um lugar que tocasse músicas legais” – construiu uma história que o tornou referência com o assunto é música alternativa em Curitiba. E desde que surgiu, abrigou shows de amigos de Luciano, mesmo sem a estrutura sonhada. Agora houve um investimento maior em equipamentos de som e iluminação para dar essas condições. “ Do mesmo jeito que eu tenho planos como músico, sei da dificuldade de tocar em Curitiba, onde são poucos os lugares, de pequeno porte com estrutura bacana. Não é muito grande, mas dá para fazer um show com qualidade e a gente não precisa de muita gente para encher”, observa.

Entre as novidades para o ano está a parceria com a Mamute, produtora surgida em torno da banda Ruído/mm, que produz shows muito bacanas sempre trazendo o que está despontando no pop rock brasileiro. Essa rapaziada será a responsável pelo som das quintas-feiras, noites batizadas de James Session. Os domingos serão do rockabilly. Há o plano de o bar produzir alguns shows também, e outra boa notícia, é que uma possibilidade é a gaúcha Blanched.

Serviço
Copacabana Club e Mordida. Dia 06. R$10. James (Vic. Machado, 894. Informações: (41) 3222-1426.

Respostas de 2

  1. parabéns ao luciano, mais um curitibano “que faz e não reclama”, hehehehe. quero ver se a família de inverno, incluindo dog, baby e as gatas, vão aos shows… só quero ver… e gostaram do filme?

  2. a gente até ia, mas, cara, eu tava moída…. retomar a vida depois do descanso… nós vamos sábado no 92.. e a família bichos vai ficar em casa. ah, eu gostei do filme, pelo que tinha lido fiquei tva meio apreensiva.. agora, pqp, realmente a trilha rouba a cena…muito bem colocada. o filme, algumas coisas poderiam ser melhores… mas é assim… o importante é essas pessoasl legais estarem se espalhando…

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