De Inverno Comunicação

Jornal do Estado/ Bem Paraná

Divulgação/Guilherme Pupo

Os sábados da Praça da Espanha são com antiguidades, bandas curitibanas e, no próximo o primeiro Gritinho de Carnaval

Adriane Perin

Associação de comerciantes da Praça da Espanha cria projetos culturais para otimizar seus produtos e atrair clientela

Sábado, em Curitiba. Sol a toda em um céu de azul límpido, enquanto as pessoas aproveitam a tarde sentadas na grama da praça, depois de uma sessão de Yoga, curtindo um som de voz feminina potente e firme. Crianças, cachorros, motos, antiguidades e música. São assim, agora, as tardes na Praça da Espanha, encostada à região central da capital.

Curitiba, que já tem o projeto Música nos Parques, da prefeitura da cidade, que leva mais grupos de MPB para alguns dos espaços arborizados da cidade, ganhou, ano passado, outro projeto cultural bacana, este de iniciativa privada, organizado pela Associação de Comerciantes da Praça da Espanha, que fica nos limites do bairro Batel, (re) batizada pelo grupo de Batel-Soho – o projeto também tem apoio da Fundação Cultural de Curitiba (FCC).

E no litoral também tem um projeto com este perfil na temporada de Verão. Lá em Matinhos, neste sábado, a partir das 18 horas, as bandas 5 Graus, Anacrônica, Charme Chulo e Terminal Guadalupe sobem ao palco instalado na Praça Central da cidade para fazer os shows da temporada passada que não realizaram por conta da chuva. A Terminal faz sua terceira tentativa. Garante que toca até embaixo d’água. Esses grupos já receberam seu cachê e toparam tocar agora, alguns deles um ano depois, para honrar o contrato assinado com o Governo do Estado. Organizado pelo produtor Getúlio Guerra, os shows acontecem nos moldes do projeto Prasbandas, que tira os grupos musicais dos lugares tradicionais no centro da cidade para os colocar em espaços nos bairros .

Curitiba — O Batel-Soho comprende um perímetro de duas quadras no entorno da Praça, onde estão vários, e variados, estabelecimentos, desde sorveteria até a livraria infantil Bisbilhoteca. O objetivo da Associação é tornar a região um ponto de lazer, com cultura, gastronomia e comércio diversificado e interessante. Transformar o local em um shopping a céu aberto. Para isso, parcerias para execução de vários projetos estão sendo viabilizadas. Entre os que já estão em atividade, tem a Feirinha de Antiguidades, que faz tempo instalada ali, aos sábados a partir das 10 horas. Também a partir deste horário, até o meio-dia, tem o “Pintando na Praça”, patrocinado pela Bisbilhoteca (que mantém em seu espaço interno, ao lado da praça, também várias atividades muito legais) que lembra aquelas matinês de sábado no Calçadão da Rua das Flores, onde a criançada (inclusive esta reporter, passando férias na cidade) se divertiam com tintas e pincéis. Ah, e para os pais já irem se programando, no próximo sábado, dia 14, a Bisbilhoteca promove o primeiro Gritinho de Carnaval, com banda e tudo, a partir das 11h.

A programação fixa, por ora, segue, às 15 horas, com yoga e logo em seguida, às 16 horas entrem em cena as bandas curitibanas. Neste sábado, tem repeteco de Naína, que toca versões e algumas músicas próprias e, às 17 horas, tem a banda 350 Ml., de Araucária.

Esta programação musical é parceria com a rádio Mundo Livre e com o programa Acústico, produzido pela cantora e compositora Mariele Loyola com direção artística de Helinho Pimentel, dois “agitadores musicais” das antigas que não se cansam de trabalhar em prol da cena local. Sábado passado o palco foi de uma representante da nova geração local, a banda Pão de Hamburguer que fez um show impecável, quase todo com música própria – e um cover inesperado de Arnaldo Batista, “Será que eu Vou Virar Bolor”, que ganhou cores mais roqueiras nas mãos dos rapazes, em constraste com a versão pra lá de intimista do ex-Mutantes.

Som impecável é o que bandas como estas precisam para mostrar todo seu potencial. E, pelo que se viu, semana passada, disso a produção tem cuidado bem. Em versões eletro-acústicas, as músicas soavam poderosas e se ouvia todos os instrumentos com seus detalhes – inclusive a flauta que não estava ali só pra fazer figuração, não. Muito bom ver as bandas boas locais tocando em condições adequadas.

Os shows na praça são outro desdobramento do projeto Acústico Mundo Livre, que desde o ano passado grava performances ao vivo para levar ao ar na rádio homônima e a cada 15 dias, coloca as mesmas bandas no palco do Jokers. Agora, elas também vão para a praça. Muito bacana. A tarde ainda tem encontro dos amantes de Harley Davidson e exposição de carros antigos.

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