De Inverno Comunicação

Belas Noites – Cores D Flores:
MEDIAFIRE

No instante em que soube que escreveria sobre a Cores D Flores pro blog, por conta do “(re)lançamento” do acervo da De Inverno, tudo voltou como um filme, provocando risos só meus e imagens tão vivas dos instantes do nascimento, também, de uma amizade especial. Não existe, portanto, possibilidade de que este seja um texto menos derramado e passional que os meus anteriores.

Cores como um Filme
primeiro pra redação do jornal onde recebi uma fita cassete com a recomendação de ver se valia a pena fazer algo. A moça que cantava e compunha tinha sido amigo de Renato Russo, tinha começado a fazer música junto com essa geração, lá em Brasília – ouvi. Beleza. Adorava esses momentos de receber “coisas novas” desconhecidas.

Lembro perfeitamente quando entrei no carro ao lado do Ivan, o ‘escortinho verde’ e mostrei a fita, curiosa que tava. Ah, é aquela banda que a gente gostou no festival da Federal, logo lembrou ele. Eram canções que mesmo com a deliciosa (mais ainda, hoje em dia!!!) precariedade das gravações em fita cassete não escondiam que tava ali uma banda muiiito bacana, com baita potencial. Ainda não conhecia a história da Mariele. O festival era o Leite Quente, acho que isso foi em 99 ou 2000, no Politécnico e no dia que a gente foi, só uma banda, com uma garota cantando em português, nos chamou a atenção.

Dalí pra uma amizade das mais importantes na minha vida, foi um pulo.

Conversamos pra matéria, e sobre OAEOZ e afins, obviamente, e logo em seguida em um show d’OAEOZ quando cheguei no bar ela já tava lá no maior papo com o Ivan – ele nos apresentou: ela é a mariele… sorrisão aberto, nos abraçamos e já era! Os santos bateram muito.

Daí, meu filme que corre bem mais rápido na cabeça que na ponta dos dedos, vai pro dia, muuuuiiiito frio, em que mari, vivi e mackoy foram lá em casa. Lembro claramente da Vivi de touca, ponta de nariz vermelha, todos cheios de roupa – meus pais foram buscá-los no terminal do campina pra festinha junina que tava rolando na casa das jabuticadas – com o fogão a lenha aceso, quentão, cachorro quente. Hummm!!! Acabo de me dar conta que pode ter sido por esta época este encontro. nada por acaso, você sorriu pra mim

Musicalmente, a identificação foi no mesmo ritmo e o Cores segue sendo pra mim uma banda especial, que faz parte da trilha sonora da minha vida, da nossa vida, minha e do Ivan e da De Inverno. Tenho na memória shows memoráveis do Cores, eu absolutamente embriagada (em vários sentidos), entregue pelo salão.* E com o Ivan não foi diferente – eu sei. Resultado: o disco Belas Noites faz parte do acervo da De Inverno, com muito orgulho, registrado com a formação clássica da banda:

Marielle Loyola – vocal
Marco MacCoy – guitarra, violão
Deiwerson de Lima – bateria
Douglas Machado – baixo

participações
Red Francis – teclados
Fabricio Scherner – guitarra, voz

Com o repertório:
01- Nada por acaso
02 – Movimentos
03 – Filme
04 – Achados e perdidos
05 – Tanto Faz
06 – Maçãs
07 – Belas noites
08 – Com Cores de Flores
09 – Como é
10 – Palavra Dita

Bônus track
11 – Vácuo
12 – Filme (remix)
13 – Filme (remix 2 por Mac Lowen)

O Cores é uma das bandas que mais tocou no Rock de Inverno, houve um momento em que tocara mais vezes que OAEOZ, vejam só. O Mackoy foi peça importante também nas primeiras edições do Festival, do nosso lado em momentos difíceis como a quarta edição – aquela. Foi ele que conseguiu o som no dia do festival quando ele e Ivan chegaram para passar som e não tinha simplesmente nada do que fora combinado com o filho da puta, mau caráter do dono daquela pocilga chamada Diretoria. Eles resolveram tudo e antes da hora dos shows tava tudo pronto.
Ou seja, enquanto esteve na cidade, foram os primeiros passos da De Inverno, e ele foi nosso braço expert em som. Companheiro e parceiro que fez também o som do lançamento do Sofia e sem falar os shows em que eles tocaram nas nossas primeiras produções, como o show do Phonopop, no Vintage.

Outros momentos emocionantes foram ver o show na Boca Maldita, com os operários de uma obra na lateral parados visivelmente curtindo o rock pesadão da banda, provavelmente sem ter ideia de qual era. Uma foto dessas rendeu um cartaz lindo de um outro show do cores, pela De Inverno. Ou como foi boooom vê-los tocando na Pedreira, mais de uma vez, em uma delas, abrindo para o Capital Inicial, com uma multidão pulando junto, completamente entregue à força das canções de Mariele Loyola e sua turma. Uma alegria e um orgulho calado que muitas vezes senti, sozinha, ao ver uma banda amada recebendo o que merecia, o reconhecimento, a cumplicidade da audiência.

Já ouvi críticas ao Cores, já disseram que escrevi bem sobre porque era amiga e acima de tudo já ouvi e vi muitas vezes a banda Cores d Flores. Sei a força de suas canções, porque já me entreguei a elas. Tenho muito, mas muito orgulho não apenas de ter curtido essa história desde o começo e de ter feito parte dela. Mas, também, pela amizade de irmã que nasceu. Sempre digo que o jornalismo me deu momentos muito incríveis, e um desses foi ser a pessoa mais indicada a receber da mãos do chefe aquela fita que uma guria tinha deixado na redação do maior jornal do estado.

(* Lembro também das sonzera a pouca luz no sótão da casa das jabuticadas, alguns registradas em fotos que em breve estarão aqui também e sinalizam que to remexendo nos acervos. Coincidência ou não, entre as primeiras fotos que achei, exatamente um monte do Cores e da família lá em casa.
Sem esquecer que nossa festa de casamento foi no show do Cores, no Rephinaria, com direito a bolo surpresa, decoração especial e uma encantadora valsa dos noivos com
“Still loving you”, do Scorpions.)

Agora chega de bla-bla-bla e vamos ao que interessa. Som na caixa, marcelo borges!

Respostas de 6

  1. Ai Adri…vc é tão especial na minha vida q não existem palavras pra falar…quem sabe uma canção faça melhor…Bjssssssssss

  2. Oi, Ivan!
    Aqui é Pedro, repórter do Jornal da Tarde, do Grupo Estado, tudo bem?
    escrevo no caderno de cultura chamado Variedades.
    Eu vi um comentário seu no blog 'Calmantes com Champagne 2.0', sobre fitas cassete, em 2008
    Gostaria de saber se você ainda mantém a coleção, continua ouvindo as fitas. Se sim, se gostaria de participar de uma matéria sobre o tema.
    O que acha?
    aproveito para perguntar se você conhece alguém que também mantenha a sua coleção de fitas cassete.
    grande abraço
    pedro
    meus contatos:
    Pedro Antunes
    Caderno Variedades
    (55 11) 3856-3606
    (55 11) 7151-3242
    pedro.antunes@grupoestado.com.br

  3. mari, eu sou muito mal acostumada. amigos como vc são de verdade, independente de nos vermos, nos falarmos…vc já me deu tantas canções!!!

    legal, seu Neri. Logo logo, mais umas velhas e boas novidades.

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