Foi em um sábado. Um mês atrás, mais ou menos. Acordei esquisita, cheia de saudade, mas decidida a ir buscar a Maria. Um cachorra de tons marrons que me lembrou um pastor alemão. De patas grandes, me apaixonei por ela, entre os três cachorros que me mostraram. Antes de ir ao ponto de encontro meu coração tava apertado, pensando muito na Baby. Lá fomos, eu a co-pilota Ro. Ao chegar Maria já não estava mais a minha espera. Fiquei “meio-assim”, afinal recebi várias fotos dela durante a semana e já estava decidida que ela mudaria de nome, pois temos uma amiga chamada de Maria e, embora goste de nomes próprios para meus bichos, não me imaginava dando uma bronca na cachorra. A decepção nem teve tempo de se instalar no meio de tantos rabos abanando, cachorros arfando ciosos de atenção, olhares chamando pra brincadeira. Os maiores em suas gaiolinhas emitiam silêncios solitários com seus grandes olhos que pareciam já saber que, mais uma vez, voltariam para os lares provisórios ou abrigos nos quais estavam sendo cuidados. Muito bem cuidados, aliás, a julgar pelas pessoas que estavam naquele pet e pela tranquilidade e educação dos cachorros. Mas eu evitei encarar aqueles olhares, pois se eles me olhassem também e fizessem qualquer movimento seria muito difícil sair dali. Logo localizei a pessoa que fui encontrar e ela já foi falando da Mia, a outra cachorrinha marron que já convivia com um gato, que seria perfeita pra gente… quando vi estava com ela no colo… e como dizer não?!
Acostumada a colo, com um casaquinho de inverno com gorro e tudo: ela estava um charme só! E a alegria, então… Entregava-se aos abraços e oferecia lambidas e assim o fez também no meu colo, enquanto finalizávamos os trâmites para a ‘adoção’. É isso mesmo, saí de lá com a Mia no colo, com documento de responsabilidade e uma sacolinha cheia de cobertores e vestidos (que não servem mais).
Ainda atendendo por Mia, ela chegou aqui no Abranches. E correu no quintal como se o conhecesse desde sempre. A identificação instantânea com o Ivan pareceu coisa de quem já se conhecia há muito mais tempo que os seus pouco mais de 3 meses. Tornou-se amiga inseparável dele quase instantaneamente, a ponto de ficar choramingando quando ele sai e quando ele chega e não vai direto dar um oi pra ela. E assim o fez também com todos os nossos amigos mais especiais, que já a conheceram. E já curtiu um som, também, olhando atenta o que acontecia dentro da garagem.
Ficou logo evidente que era uma cachorrinha muitíssimo obediente, mas incansável quando o assunto é brincadeira. Gosta de ficar em cima do sofá e quer colo o tempo todo. Na primeira dentição ainda, tem verdadeiras mini-navalhas na boca que deixaram marcas nas minhas mãos e rasgos em dois moletons. Às primeiras horas cheias de emoções, lembranças e algumas lágrimas de ternura, seguiram-se dias com muitas brincadeiras, risadas e corridas pela casa e quintal.
Apenas na primeira noite, notei movimentos que me lembraram muito a Baby: ela dava umas suspiradas profundas e na fez ninhos enrolando as cobertas do mesmo jeito que a Baby fazia. Acordei e fui dormir pensando na Baby… já tínhamos nossa nova amiga e as descobertas seriam intensas nos próximos dias. A alegria dela correndo no quintal já tinha nos conquistado completamente!
Que doçura!!!! Linda, quero conhecer a Juju Caramelo!!!
Nossa, que belo texto, Adri!
Por aqui continuamos a lembrar do juba com alegria e comoção.
Queremos pegar um novo filhote mas, a mexerica está velhinha e precisa de mais atenção.
Espero conhecer a Juju em breve. Bj